Actualmente, os métodos citogenéticos convencionais permitem detectar alterações numéricas e estruturais nos cromossomas, que impliquem modificação do tamanho/estrutura dos seus braços observáveis dentro dos limites de resolução da microscopia de luz. Este avanço da citogenética só foi possível com a descoberta, nos finais dos anos 60 do século XX, de técnicas de bandeamento dos cromossomas. Nestes são definidas bandas com coloração mais clara e mais escura, devido à afinidade diferencial para o corante que se utiliza. As técnicas de coloração mais utilizadas são:
* Bandas G, técnica escolhida para todos os casos de diagnóstico, podendo também ser utilizada em investigação; são produzidas bandas por digestão com tripsina e posterior coloração com Leishman’s. Bandas escuras, correspondem a sequências de nucleótidos Adenina-Timina que incluem poucos genes, e bandas claras, biologicamente activas pois representam as regiões que incluem grande número de genes.
* Bandas C – são produzidas pela coloração da heterocromatina constitutiva que engloba as regiões de cromatina condensada pericentromérica e as regiões de heterocromatina C dos cromomossomas 1, 9, 16 e do braço curto do cromossoma Y.
* Bandas NOR – esta técnica cora selectivamente as regiões de organização nucleolar (NOR) localizadas nos satélites dos cromossomas acrocêntricos, pois estas regiões possuem genes de RNA ribossomal e podem ser coradas com nitrato de prata.
* DA-DAPI – esta técnica combina DAPI – 4,6-diamidina-2-fenil-indol – corante fluorescente, com DA - distamicina A – antibiótico não fluorescente que utilizados conjuntamente, DA-DAPI, fluorescem certas regiões dos cromossomas ricas em nucleótidos Adenina-Timina, constitutivos de heterocromatina nos cromossomas 1, 9, 16, Yq e o braço curto do cromossoma 15.
Com a aplicação da técnica de Bandas G é possível obter cromossomas como os da fotografia do meu perfil.
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