Chegou a altura do ano em que quem sabe que sou professora me pergunta:
Já estás de férias, não estás?
Fico então com aquela cara de quem “come e não gosta” e respondo: Queres trocar comigo? Eu vou trabalhar por ti e tu ficas com estas minhas férias. Percebem então que talvez eu não esteja nas tais férias que começam no mês de Junho e terminam no mês de Setembro. Efectivamente a partir de Junho acabam as horas lectivas, que é como quem diz, as aulas com alunos. Mas então o que fazem os professores nas escolas? Vamos lá ver se consigo listar algum do nosso trabalho “de férias”:
1 – Conselhos de Turma de avaliação.
2 – Vigilância de exames. Os exames têm em média uma duração de 120 minutos mais 30 minutos de tolerância. Temos que nos apresentar ao Secretariado de Exames 30 minutos antes da hora marcada para o exame. Não podemos ser substituídos neste serviço de vigilância a não ser por motivos de força maior. Isto significa que cada vigilância ocupa 180 minutos, na melhor das hipóteses. Como existem muitos exames nacionais e por cada sala têm que estar presentes dois professores, um simples raciocínio permite perceber quantas vigilâncias cada professor em média faz. Sabem como se pode justificar uma falta a uma vigilância? Apenas com atestado médico!... Se tivermos um furo num pneu do carro, atestado médico, se ficarmos retidos no trânsito, atestado médico, etc…, atestado médico!
5 – Correcção dos exames nacionais, dos exames de equivalência a nacionais (que por acaso são elaborados por nós professores), das provas de equivalência à frequência (que por acaso também são elaborados por nós professores).
4 – Matrículas. É verdade, somos nós professores que fazemos as matrículas dos alunos.
5 – Elaboração de turmas.
6 – Elaboração dos horários.
7 – Inventários do material de cada grupo disciplinar.
8 – Reuniões de Grupo disciplinar, de Departamento curricular, de Núcleo de Projectos, de Conselho Pedagógico, de….
9 – Análise dos resultados dos exames nacionais.
10 – Preparação do lançamento do próximo ano lectivo.
11 – Aulas para esclarecimento de dúvidas com os alunos que têm que realizar exames nacionais.
12 – Relatórios das actividades realizadas ao longo do ano lectivo.
Bom! Se ainda não estão satisfeitos resta dizer que toda a nossa rotina fica de pernas para o ar. Não se pode levar o filho à actividade X, como é costume, pois temos uma vigilância, não podemos ir à fisioterapia naquele horário já combinado, pois temos reunião, não podemos ir à aula de ginásio (paga mensalmente), pois temos outra reunião ou vigilância, ou…..
Mas afinal esta é uma vantagem das “férias” – o quebrar com a rotina, não é?
Quem quer estas férias? Eu troco!!!!
Já estás de férias, não estás?
Fico então com aquela cara de quem “come e não gosta” e respondo: Queres trocar comigo? Eu vou trabalhar por ti e tu ficas com estas minhas férias. Percebem então que talvez eu não esteja nas tais férias que começam no mês de Junho e terminam no mês de Setembro. Efectivamente a partir de Junho acabam as horas lectivas, que é como quem diz, as aulas com alunos. Mas então o que fazem os professores nas escolas? Vamos lá ver se consigo listar algum do nosso trabalho “de férias”:
1 – Conselhos de Turma de avaliação.
2 – Vigilância de exames. Os exames têm em média uma duração de 120 minutos mais 30 minutos de tolerância. Temos que nos apresentar ao Secretariado de Exames 30 minutos antes da hora marcada para o exame. Não podemos ser substituídos neste serviço de vigilância a não ser por motivos de força maior. Isto significa que cada vigilância ocupa 180 minutos, na melhor das hipóteses. Como existem muitos exames nacionais e por cada sala têm que estar presentes dois professores, um simples raciocínio permite perceber quantas vigilâncias cada professor em média faz. Sabem como se pode justificar uma falta a uma vigilância? Apenas com atestado médico!... Se tivermos um furo num pneu do carro, atestado médico, se ficarmos retidos no trânsito, atestado médico, etc…, atestado médico!
5 – Correcção dos exames nacionais, dos exames de equivalência a nacionais (que por acaso são elaborados por nós professores), das provas de equivalência à frequência (que por acaso também são elaborados por nós professores).
4 – Matrículas. É verdade, somos nós professores que fazemos as matrículas dos alunos.
5 – Elaboração de turmas.
6 – Elaboração dos horários.
7 – Inventários do material de cada grupo disciplinar.
8 – Reuniões de Grupo disciplinar, de Departamento curricular, de Núcleo de Projectos, de Conselho Pedagógico, de….
9 – Análise dos resultados dos exames nacionais.
10 – Preparação do lançamento do próximo ano lectivo.
11 – Aulas para esclarecimento de dúvidas com os alunos que têm que realizar exames nacionais.
12 – Relatórios das actividades realizadas ao longo do ano lectivo.
Bom! Se ainda não estão satisfeitos resta dizer que toda a nossa rotina fica de pernas para o ar. Não se pode levar o filho à actividade X, como é costume, pois temos uma vigilância, não podemos ir à fisioterapia naquele horário já combinado, pois temos reunião, não podemos ir à aula de ginásio (paga mensalmente), pois temos outra reunião ou vigilância, ou…..
Mas afinal esta é uma vantagem das “férias” – o quebrar com a rotina, não é?
Quem quer estas férias? Eu troco!!!!
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